domingo, 21 de outubro de 2012

Imagem que conta o mundo 2 - Guerra no Vietnã

  A imagem mais famosa da Guerra do Vietnã, feita pelo fotógrafo Huynh Cong 'Nick' Ut, da Associated Press, completa na semana que vem 40 anos desde o dia em que foi tirada. A menina Kim Phuc, hoje aos 49 anos, conta que a fotografia passou a 'persegui-la'. (Foto: Nick Ut/AP)
        Phan Thi Kim Phuc, a garota de 9 anos imortalizada em uma imagem ganhadora do Prêmio Pulitzer de 1973 e símbolo da Guerra do Vietnã, esteve no Brasil neste mês de outubro.

          Embaixadora da Boa Vontade da Unesco pela Paz, a vietnamita, hoje com 49 anos, esteve na Capital catarinense para participar do VIII Congresso Brasileiro de Queimaduras. Em entrevista, Kim citou Deus diversas vezes e contou como superou o ódio que sentiu após ter seu corpo queimado após a explosão da bomba napalm e perder entes queridos. 
        A vida de Kim mudou no dia 8 de junho de 1972, quando o vilarejo em que vivia, Trang Bang, ao Norte de Saigon, capital do Vietnã, foi atacada pelo exército americano. Kim e sua família estavam escondidas em um templo e ela correu para fugir da explosão da bomba napalm, feita de gasolina e chumbo, que libera muito calor e causa queimaduras de terceiro grau. A garota foi fotografada por Nick Ut, da Associated Press, enquanto corria nua em uma rua, gritando por causa das queimaduras. O fotógrafo a levou para o hospital Barsky. Depois do episódio, Kim passou por diversos procedimentos cirúrgicos, já que teve 65% de seu corpo queimado.
        Phan tentou viver no anonimato, mas foi descoberta nos anos 90. "Um dia, estava andando na rua em Toronto e alguém me disse que sabia quem eu era. Foi aí que eu entendi que não poderia mudar o passado, mas que poderia alterar o significado do que ocorreu."              
      A vietnamita passou a atuar como ativista de direitos humanos, tornou-se embaixadora da Unesco e criou uma fundação, a 'Kim Foundation', organização não governamental cuja missão é ajudar crianças vítimas de queimaduras, por meio de assistência médica e psicológica.                                                                         
      "Apesar de ter tudo, eu nunca esqueço das crianças como eu. Por isso quero ajudá-las por meio da 'Kim Foundation'. No início, foi muito difícil ver que eu poderia passar minha mensagem para as pessoas, ver que essa era a minha missão. Hoje, quero contar a minha história para que as pessoas que também sofrem tirem uma lição disso. As pessoas têm de aprender a viver com a paz, a felicidade, a compaixão, o perdão", afirmou.
(Fonte: G1 e estado.com.br)
    
Kim (Foto: Luísa Konescki/G1)
     







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