A partir da leitura dos fragmentos abaixo, redija uma dissertação,
expondo seu ponto de vista sobre
a supervalorização da exposição pública notada neste início de século.
“O entretenimento que rege os meios de comunicação de massa
estaria também a pautar a definição das personalidades e identidades numa época
em que a fama aparece como acessível a todos. O espetáculo aparece como via de
ascensão, a participação no universo do visível aparece como horizonte
obrigatório, como se existir estivesse condicinado a aparecer.” (Esther Hamburger, psicanalista)
“Tutty Vasques (jornalista), outro dia, criou uma expressão
feliz: ‘a evasão da privacidade’ que assola o país. Diferentemente do que
dizem, ninguém quer defender-se da invasão de sua privacidade: ao contrário,
querem expô-la, desde poltronas, piscinas, joias, faisões de prata, vasos Ming
na “Caras”, até confissões rasgadas nas entrevistas. Não é verdade que as
pessoas querem ser livres; querem ser consumidas.” (Arnaldo Jabor, cineasta)
“...as redes sociais não foram feitas
para o anonimato, para a privacidade, muito pelo contrário, foram feitas para a
exposição. E aí começa o desafio: o que expor?
Até onde ir? No espaço virtual às vezes pensamos estar na sala de nossas casas,
e nos expomos com o senso de privacidade que pertence às paredes do lar. Mas
isso é uma ilusão! No espaço virtual estamos na janela, ou, mais ainda, no meio
da praça. É um big brother do qual escolhemos participar. Mas como
participantes de um jogo é preciso ter malícia, é preciso saber o que eu quero
transferir da minha sala de estar para o meio da praça.Porque a praça é pública, e o que eu exponho
lá ficará marcado, agregado à minha imagem.
Que imagem cada um de nós deseja tornar pública?” (cantoparaprosear.blogspot.com)
Que imagem cada um de nós deseja tornar pública?” (cantoparaprosear.blogspot.com)
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