A inveja é tema da psicologia e da literatura há muito tempo.
Podemos falar da inveja a partir de dois referenciais: o pecado ou o sentimento. A religião a considera um mal condenável, expiado pela confissão e pelo arrependimento. Já a psicologia entende a inveja como algo inerente à condição humana. (Eugênio Mussak, Vida Simples)
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Tomás de Aquino define a inveja como “a tristeza por não possuir o bem alheio”. Invejam-se a cor dos olhos, o tom de voz, a erudição, os títulos, a função, a riqueza ou as viagens de outrem. “Onde há inveja, não há amizade”, alertava Camões.
O invejoso é um derrotado. Perdeu para a sua autoestima. Lamenta, no íntimo, ser quem é e nutre a fantasia de que poderia ter sido outra pessoa. O inimigo do invejoso é ele próprio. (Frei Betto)
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Quem nunca invejou, não sabe o que é padecer. Eu sou uma lástima. Não posso ver uma roupinha melhor em outra pessoa, que não sinta o dente da inveja morder-me as entranhas. [...] Não há remédio para esta doença. Eu procuro distrair-me nas ocasiões; como não posso falar, entro a contar os pingos de chuva, se chove, ou os basbaques que andam pela rua, se faz sol; mas não passo de algumas dezenas. O pensamento não me deixa ir avante. A roupinha melhor faz-me foscas, a cara do dono faz-me caretas... (Machado de Assis)
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Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é querer que o outro não tenha. (Zuenir Ventura)
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Que pecado, afinal, será esse - que ninguém admite ter, mas todos juram conhecer? Insidiosa, dissimulada e insaciável, a inveja é o mais antigo e atual dos pecados. E também o mais democrárico - homens e mulheres, pobres e ricos, todos a têm, ou já tiveram, ou vão ter.
Após a leitura dos textos motivadores acima, escreva uma dissertação sobre a inveja e as consequências desse sentimento.
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