sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Português é Pop


       O crescimento da economia brasileira e a maior presença de multinacionais no país aumentaram o interesse de estrangeiros em aprender a língua portuguesa.

      Enquanto europeus e americanos enfrentam altas taxas de desemprego e risco de recessão, o Brasil se tornou o país da moda no exterior -e a língua portuguesa está cada vez mais pop.

      Na última década, o número de inscritos no Celpe-Bras, exame de proficiência em português reconhecido pelo Ministério da Educação, saltou de 1.155 para 6.139.   Para entender as regras do português e os complexos tempos verbais, estudantes e executivos estrangeiros têm procurado cada vez mais as escolas de idiomas. 
     "A importância [do português] está crescendo, uma vez que o Brasil tem se destacado internacionalmente por sua economia considerada estável e suas relações internacionais. O valor de uma língua está extremamente associado ao mercado", afirma Matilde Scaramucci, diretora do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.
        O "boom" de estrangeiros fazendo cursos de português também é perceptível no exterior. O número de inscritos em centros culturais brasileiros custeados pelo Itamaraty e espalhados por diversos países subiu de 17,5 mil em 2004 para 31,7 mil no ano passado.  Apesar disto, o próprio governo brasileiro reconhece que ainda são tímidas as iniciativas oficiais para difundir o idioma no cenário internacional.

       "A política [de divulgação da língua] é levada a sério na França e na Inglaterra. No Brasil, engatinhamos", diz o embaixador Pedro Motta, representante brasileiro na CPLP (Comissão de Países de Língua Portuguesa). Ele lembra que países como Alemanha, Espanha e até mesmo Portugal mantêm institutos oficiais de ensino no exterior (Goethe, Cervantes e Camões, respectivamente).

       Para o diplomata, a rede de ensino da língua portuguesa "ainda é muito limitada" -o Brasil mantém 22 centros culturais no exterior, o mais recente inaugurado na semana retrasada, no Líbano. "Mesmo dentro do Brasil é preciso valorizar o ensino da língua, o que nem sempre é o caso", diz Motta.

E você, é fluente no seu próprio idioma? 


(Fonte: Folha de S. Paulo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário