sábado, 30 de junho de 2012

Arena do Século XXI (redação de minha aluna Juliana Gomes)



      Não raro nos deparamos com situações cotidianas que introduzem uma história com final trágico. Casos que ganham notoriedade,  alguns os quais,  de tão absurdos, ganham repercussão internacional, anualmente se repetem pelos mesmos motivos banais. A violência no Brasil, ao contrário da população, perdeu o preconceito e hoje tem vítimas de todos os jeitos, independentemente do sexo, religião, cor ou posição social.
     Crimes como o de Eloá, que foi assassinada pelo ex-namorado; de João Hélio, que foi arrastado  pendurado para fora do carro; do índio Galdino incendiado enquanto dormia na rua e, mais recente, o caso Yoki, da esposa que esquartejou o marido após descobrir uma traição, escandalizam a sociedade que, mesmo com todo avanço tecnológico conquistado, mostra-se regredindo em relação aos valores morais.
   Na Idade Média, nossos antepassados lutavam até a morte para sobreviver. Não dispunham de leis, não eram civilizados, matavam por comida, moradia, para demonstrar superioridade. Em pleno século XXI, as pessoas matam por ciúmes, preconceitos, diversão. Os antigos jogos de arena da Roma Antiga, podemos assistir a eles hoje em estádios de futebol, onde torcidas brigam pelos seus times  ou lutadores de MMA (sigla para "mistura de artes marciais", em inglês), com seus golpes violentos, fazem crescer no público o sentimento de que isso é normal e até desejado no contexto em que se inserem. 

   Em síntese, a falta de diálogo entre as pessoas contribui com grande peso para essa violência banalizada. Paulo Lins, em "Cidade de Deus",  resumiu em poucas palavras esse grande problema da população brasileira: "Falha a fala. Fala a bala." Ter respeito pelas escolhas que cada um faz e pelas diferenças é fundamental.


(Fonte: Juliana Gomes - CARO Objetivo)

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