sábado, 23 de novembro de 2013


(Fonte: Folha de S. Paulo, 22/11/13)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Catequese: História de São Benedito

·       São Benedito era filho de pais africanos, trazidos para a Itália como escravos. Lá se conheceram, tornaram-se cristãos e se casaram.

·       Quando tiveram o primeiro filho, em 1526, deram-lhe o nome de Benedito, que significa “abençoado”.

·       Desde criança, aprendeu a rezar com os pais e, sempre que era visto, estava rezando. A família do menino Benedito era muito pobre. Eram mais três irmãos, todos trabalhando na plantação e como pastores de ovelhas.  Nos momentos de intervalos do trabalho, lá estava Benedito rezando de novo.

·       Por ser um moço muito humilde e sério, Benedito,  de cor negra, era marginalizado e muitos o humilhavam e procuravam ridicularizá-lo.

·       Certa vez passava por aquela região Frei Jerônimo, que presenciou Benedito sendo humilhado. Percebendo a santidade daquele jovem profetizou: “Ah! Hoje, vocês ridicularizam este pobre jovem, mas, daqui a poucos anos, verão sua fama se espalhar por todo o mundo!”

·       Sentindo  o chamado de Deus e, com a bênção dos pais, mudou-se, então, para um mosteiro dos franciscanos. Lá viviam na pobreza, dependendo do que as pessoas lhes davam de esmolas. Andava descalço, dormia no chão sem cobertas, seguindo São Francisco de Assis.

·       No mosteiro, ele era cozinheiro, um serviço humilde. Mesmo trabalhando muito, vivia unido a Deus, em oração. Quando tudo faltava, ele rezava e vários milagres aconteciam.

·       Um dia em que estava faltando comida no mosteiro,  Benedito, confiante em Deus, pediu a um auxiliar que enchesse as vasilhas com águas e as cobrisse com tábuas. Eles se retiraram e Benedito foi ao seu quarto rezar. Quando voltaram, ali ocorreu o milagre: grandes peixes, suficientes para várias refeições, estavam nas vasilhas.

·       Sempre que podia,  Benedito apanhava alguns alimentos do convento, metia-os nas dobras da túnica e, disfarçadamente, os levava aos necessitados. Conta-se que, numa dessas ocasiões, foi surpreendido pelo superior do convento, que perguntou: "Que levas aí, na dobra do teu manto, irmão Benedito?". E o santo respondeu: "Rosas, meu senhor!". São Benedito desdobrou a túnica e, em lugar dos alimentos suspeitados, apresentou aos olhos pasmos do superior um ramo de rosas.


·       No dia de Natal, o bispo da região foi convidado a almoçar no mosteiro. Benedito, na capela, porém, só rezava, contemplando o nascimento de Jesus. Acabou perdendo a hora, esqueceu o almoço. Quando alguém o encontrou em oração, foi só xingamento que ouviu, por sua preguiça e descuido. Ele, porém, confiante em Deus, foi para a cozinha e pôs-se a cozinhar e orar. Os outros freis, porém, olhando pela janela da cozinha, ficaram extasiados quando viram dois seres luminosos ajudando Benedito. O almoço saiu ná hora e foi o mais maravilhoso que comeram.

·       Aos poucos, os irmãos do mosteiro e o povo da região foram percebendo algo de extraordinário em Benedito. Fazia até fila na porta do mosteiro de pessoas querendo ouvir seus conselhos e doentes querendo ser curados.  Benedito era leigo e analfabeto, mesmo assim, tornou-se Superior do Convento e modelo admirável no governo daquela casa. Ele quis até recusar tamanho cargo, por sua humildade, mas, por sua obediência, aceitou a responsabilidade. Mesmo sem saber ler ou escrever, Benedito conseguia dar aulas sobre todos os assuntos ligados à Religião. Seus alunos eram  mestres, teólogos, bispos,  cardeais...

·       Certa vez, distribuindo pão aos pobres, um irmão do mosteiro percebeu que a fila ainda era grande e que restavam poucos pães, que só dariam para os que já moravam no convento. Ele parou a distribuição e voltou para o convento. Quando Benedito soube disso, chamou-o e mandou que voltasse a entregar os pães a quem tinha fome. Aí algo extraordinário aconteceu de novo: o pão da cesta não se acabava. Quanto mais ele tirava, mais aparecia e ainda sobrou um tanto para o mosteiro. (Lembrança da multiplicação dos pães por Jesus).

·       Um dia, uma senhora saía do convento (tinha ido lá para ouvir seus ensinamentos), quando a charrete em que estava tombou. Ela caiu sobre um bebezinho que estava em seu colo e a criança morreu na hora, para desespero da mãe, que gritava pelo frei Benedito o tempo todo. Ele chegou, pegou-a no colo, fez uma oração e ela retomou a vida. Na imagem tradicional, São Benedito está carregando essa criança, e não o Menino Jesus, como muitos acreditam.

·       Muitos foram os sinais realizados  por Deus sob a intercessão de São Benedito, em vida e após a sua morte.

·       Aos  65 anos, ficou gravemente doente e faleceu  em 1589. Seu corpo, porém, até hoje, está plenamente preservado e exposto em uma igreja da Itália.

·       A devoção a São Benedito veio para o Brasil com os portugueses, mas aqui se espalhou  por toda a parte, sobretudo entre os negros e escravos. Ele é até considerado o Santo Protetor dos Negros.


·       São Benedito: exemplo de fé inabalável em Deus; exemplo de oração e humildade; exemplo que precisamos seguir.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013