domingo, 30 de junho de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Protestos x revolta x revolução

          As últimas semanas foram marcadas pela insatisfação popular contra uma série de problemas no país. Atos de vandalismo, depredação do patrimônio público, roubos, uso excessivo da força pela polícia e a revogação de aumento de tarifa de transporte coletivo em várias cidades do país marcaram a onda de protestos, que em seu maior dia de mobilização levou mais de 1 milhão de pessoas às ruas. 
       Originalmente a favor da redução da tarifa do transporte público, os protestos ganharam força e novas reivindicações sugiram com o passar dos dias.  Mas você sabe responder a qual movimento pertence os recentes acontecimentos? Seria uma revolta popular ou um movimento revolucionário?
    Especialistas em história ouvidos pelo UOL explicam que apesar de alguns atos de violência, o que o Brasil presenciou não pode ser considerado um movimento de revolta, muito menos de revolução. Os protestos se enquadram dentro de manifestações de caráter popular.

      Entenda a seguir as diferenças entre os conceitos explicadas por Tania Regina de Luca, professora do departamento de história da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Assis, e Célio Tasinafo, doutor em história social e diretor pedagógico da Oficina do Estudante.

       Em uma manifestação é possível ser a favor ou contra uma situação concreta. Ela gira em torno de algo pontual e seu alcance é circunstancial e muitas vezes serve para dar início a processos mais amplos, explicam os especialistas.
     "No golpe militar de 1964,, por exemplo, tivemos uma série de manifestações como a marcha da Família com Deus pela Liberdade,  que era a favor da tomada do poder. E tudo com o apoio de boa parte da população. Neste caso, tivemos manifestações de apoio", afirma Tania.
      Outro exemplo de apoio a uma causa foram as Diretas Já,  movimento de forte mobilização popular.  "As Diretas Já foram manifestações em que não houve registros de violência de nenhum tipo. Ela exigia uma mudança do regime político. Milhares de pessoas foram às ruas e  nem por isso teve violência", destaca a professora.

     Em relação ao conceito de revolta, a professora Tania explica que a ela surge após um movimento de manifestação e que em muitos casos possui atos de violência. Além disso, ela exige mudanças mais pontuais do que em uma revolução. "Um exemplo pelo mundo é a série de protestos na Turquia. "Primeiro a população se manifestou contra a construção do shopping center para defender o espaço verde do local. Mas agora essa manifestação já se transformou em uma revolta contra o governo", explica Tania.


    Na história brasileira também há bons exemplos de movimentos revoltosos. "Aqui tivemos em Minas a Inconfidência Mineira. Uma revolta contra um imposto que iniciou com manifestações contrárias a ele. Tivemos também a Revolta do Vintém, em dezembro de 1879, no Rio de Janeiro, contra o aumento de alguns vinténs do preço de passagem de bonde", destaca Tania.

     A professora ainda lembra da Revolta da Vacina, na qual as pessoas se revoltaram no Rio de Janeiro contra a aplicação da vacina porque acharam que não era correto obrigar as pessoas a aceitarem o que estava sendo exigido.

      O termo revolução vem da astronomia foi empregada como uma referência ao movimento lento, regular e cíclico dos astros e estrelas. No contexto geral, ela é caracterizada por transformações muito profundas nos aspectos social, econômico e político. São mudanças radicais, significativas nas três esferas.


    "Revolução em seu conceito original vem do Marxismo e é caracterizada por uma grande transformação, como mudança do regime, mudança na organização social. Um dos exemplos mais claros é a Revolução Francesa, que resultou em uma nova ordem mudando o sistema social, econômico e político. É um exemplo pleno de revolução", explica Tania.

    "Ela foi considerada parte desse tipo de movimento, por ter um alcance profundo, no qual subverteu toda uma ordem de fatores ligados ao exercício do poder e privilégios do antigo regime", acrescenta Tasinafo.

    Os especialistas destacam que a Revolução Russa também é um bom exemplo de revolução, pois acaba com o sistema capitalista marcando mudanças profundas no país.

   Revolução FarroupilhaRevolução PraieiraRevolução Federalista eRevolução Constitucionalista são alguns dos movimentos tidos no Brasil e classificados como tal. No entanto, não podem ser considerados movimentos revolucionários.

"Se considerarmos o parâmetro da revolução francesa (burguesa) e russa (socialista) como exemplos, podemos dizer que não tivemos nenhuma revolução aqui no Brasil", explica Tasinafo. "É importante que as pessoas fujam do sentido figurado do termo."

    Outro exemplo levantado pelos especialistas é em relação aos acontecimentos de 1964, que alguns consideram como revolução.

    "O que aconteceu em 1964 foi um golpe militar e não uma revolução no Brasil. A mesma coisa foi no caso do Getúlio Vargas. As mudanças ocorridas foram no sistema do Estado e não mudaram o sistema político, por exemplo. Continuamos num país capitalista e com o mesmo sistema econômico", explica Tania.

  "Agora não da pra negar o quanto a Independência ou a proclamação da república significaram mudanças. Se ampliarmos os conceitos, elas até cumprem o papel de movimento de revolução. Nesse contexto, pode se dizer também que o governo de Getúlio Vargas, no eixo econômico, fez parte de um processo de revolução", conclui Tasinafo.

(Fonte: UOL Educação - 24/6/2013)

domingo, 23 de junho de 2013

Porta de Banheiro - Luis Fernando Veríssimo


Um dos abismos da criatividade humana é a porta de banheiro público. Como indicar que uma porta é do banheiro dos homens e outra do banheiro das mulheres sem cair no óbvio? Está claro que este é um daqueles casos em que deviam deixar o óbvio em paz. Mas não. As pessoas insistem em ser originais. Homem e Mulher, Damas e Cavalheiros, Senhoras e Senhores ou simplesmente "H" e "S" não servem. Banheiro é uma coisa que embaraça tanto a todos que a solução é procurada no outro extremo, na falsa descontração e no engraçadinho.  Tenho me dedicado a colecionar exemplos, naquela volúpia pelo inútil que ou acaba em loucura ou em tese sociológica. Vamos lá.
Os camundongos Mickey e Minnie. Inescapáveis. Estes eu já encontrei nos piores antros, em tocante contraste com a sordidez do resto. Mickey e Minnie em alegres e coloridas poses, como se por aquelas portas se voltasse a infância em vez de entrar em asfixiantes câmaras de fedor adulto. Se o estabelecimento estiver caindo aos pedaços você pode ter certeza que na porta para homens haverá uma cartola e uma bengala e na das mulheres uma sombrinha cor-de-rosa. Fred Astaire e Ginger Rogers um dia ainda aparecerão.
Ferdinando e Daisy, claro. Eles e Elas, naturalmente. Machões e Fofinhas, ai de nós. Uma vez num restaurante do Leblon, deparei-me com duas indicações sobre o gênero dos banheiros: um limão e uma laranja. Fiquei uns bons dois minutos ponderando o significado oculto daqueles símbolos cítricos até me dar conta que era apenas "o" limão e "a" laranja. Ou será que a mensagem era outra e eu continuo não entendendo? Outra vez, num restaurante de Greenwich Village, em Nova York, levei outros angustiantes minutos para descobrir que a cara de Karl Marx numa porta tinha a mesma função do camundongo Mickey, não era propaganda. Não cheguei a ver o que havia na porta do banheiro das mulheres. Rosa Luxemburgo, provavelmente.
Este tipo de sofisticação pode levar a confusões. O que fazer quando numa porta está um retrato do Oscar Wilde e na outra o da Gertrude Stein? Mas imagino que num lugar que chegasse a este tipo de sutileza não faria muita diferença. As duas portas dariam para o mesmo banheiro.
Quando a comunicação precisa ser rápida e internacional - em aeroportos, por exemplo -usam-se os símbolo consagrados do bonequinho de calça para homem e do bonequinhode saia para mulher, desprezandose o fato de que    poucas mulheres usam saias atualmente. Também não se cogita de que o eventual escocês de saiote imagine que exista um banheiro só para ele nos aeroportos.

Joãozinho e Mariazinha. Adão e Eva. Barbados e Belezas. Leões, meu Deus, e Domadoras. Laços de fita azul ou fita cor-de-rosa. Um buldogue e uma gata. Mônica e Horácio. Sandra Bréa e Ney Latorraca recortados de uma capa da  Amiga... Você deve conhecer vários outros exemplos. Por favor, não mande nenhum.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Museu da Língua Portuguesa em SP: programação 2013

O  Museu da Língua Portuguesa preparou para 2013 três exposições temporárias e cinco outras exposições. Entre os nomes homenageados, estão Cazuza, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Paulo Coelho.
No fim do primeiro semestre, o museu recebe uma mostra sobre o Cazuza. A exposição tem tem por finalidade estimular o interesse pelo cancioneiro do artista, além de promover o debate sobre a língua cantada como patrimônio cultural e sobre a poesia como forma de conhecimento.
Em novembro, quem recebe a homenagem é Vinícius de Moraes. Na exposição dedicada ao poeta, o público vai conhecer diversas faces de Vinícius, como “Homem de Livro”, “Homem de Música” e “Homem da Imprensa”.
Além destas três exposições temporárias, o Museu terá mostras que abordarão a obra do poeta Carlos Drummond de Andrade, do cronista Rubem Braga e do escritor Paulo Coelho. Também integra a programação uma exposição sobre a origem dos nomes dos municípios paulistas.

domingo, 16 de junho de 2013

Sugestão de leitura: O lixo da história

A coletânea "O lixo da história",  de Angeli, reúne charges que apresentam um panorama do mundo após os atentados de 11 de Setembro. A edição traz a produção sobre o tema em ordem cronológica.
Desde 2001, o trabalho do chargista acompanhou o desenrolar dos conflitos no Oriente Médio, as políticas do governo Bush e as revoltas populares no Egito e na Síria.
O resultado de tudo isso é um painel abrangente das principais questões que mobilizaram o noticiário político internacional nos últimos dez anos. Imperdível!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O desespero da professora


A professora pergunta a um aluno:
- Wandercleison, diga aí um verbo.- Bicicreta.- Não é bicicreta... É bicicleta! E bicicleta não é verbo.
Depois, perguntou ao segundo aluno:
- Helvispresli, diga aí um verbo.- Prástico.- Não é prástico... É plástico! E plástico não é verbo.
A professora, desesperada, perguntou ao terceiro aluno.
- Janedílson, diga aí um verbo.- Hospedar.- Muito bem! Hospedar realmente é um verbo!
Agora diga-me uma frase com o verbo que escolheu.- Hospedar da bicicreta são de prástico!...

terça-feira, 11 de junho de 2013


Deixe um Livro no banco de uma praça, em um ponto de ônibus, em algum lugar especial pra você. Livro é conhecimento livre, liberta! Então pra que acumular livros em sua casa? Passe a história adiante, nessa quinta, 13 de junho,  deixe um livro na vida de outra pessoa!