quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Tema 1: O que impulsiona as conquistas humanas: o medo ou a coragem?


Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
E fomos educados para o medo.
(Carlos Drummond de Andrade)

O medo é o grande gigante da alma, é a mais forte das emoções. (Mira Y. Lópes)

Viver é muito perigoso. (Guimarães Rosa)

(...) o essencial é que lutes. Vida é luta. Vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal. (Machado de Assis)
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        Segundo os textos do painel acima, fomos educados para o medo, que se disfarça em temor, receio, hesitação, covardia,  
inquietação, ansiedade e tantos outros nomes. Os saltos dados pela humanidade, porém, contrariam a crença de que “existe apenas 
o medo” e apontam a luta, a coragem, o atrevimento, a ousadia como características das conquistas humanas. 


      Escreva um texto reflexivo sobre o seguinte tema: O que impulsiona as conquistas humanas: o medo ou a coragem?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Escola de seu filho: A prática consegue refletir o prometido?



Texto meu publicado na revista It's Itajubá - edição de fevereiro de 2013

               O que conduziu você, mãe/pai, à escolha de uma determinada escola para matricular seu filho?
                No discurso publicitário, todos os colégios são o espaço ideal para a educação que você almeja. Mas até que ponto a prática consegue refletir o prometido?
         Agora que o ano letivo está começando, é preciso continuar atento a questões importantes, como capacitação do professor, autonomia do aluno, linha pedagógica e posição da escola no que se refere a temas contemporâneos, por exemplo.
         No começo do século XX, o professor era o grande detentor do conhecimento, respeitado pelo que só ele sabia e que seria repassado à classe. Hoje, em meio a tanta informação disponível, cabe-lhe, acima de tudo, a tarefa de gerenciador do conhecimento, tornando seu aluno coautor das aulas, o que o fará admirado pelo compartilhamento do que, juntos, constroem.
                Em paralelo à formação acadêmica de seus docentes, toda escola deve oportunizar-lhes uma formação continuada, para que estejam sempre atualizados perante o que acontece no mundo, quer seja nos conceitos, quer seja nas práticas. Isso pode se dar através de cursos, palestras, reuniões, a depender das condições da instituição. É imprescindível também que o perfil do professor esteja alinhado à filosofia da escola.
           Num mundo em constante evolução, acompanhar tais mudanças é a única possibilidade que um bom colégio tem de permanecer ativo. Princípios não podem ser negociáveis, mas os processos podem e devem sê-lo.  Acessibilidade, inclusão, atividades extracurriculares (idiomas, esportes, artes), respeito às diferenças (inclusive aos novos formatos de família), ações sociais, procedimentos de ensino e avaliação,  estão em pauta na educação brasileiro deste início de século e, por sua complexidade, exigem nosso olhar cuidadoso.
                   Enfim, para estar seguro de que fez a escolha certa, confirme, com esta leitura, se os valores da escola são os mais próximos possíveis dos da sua família, afinal, mais do que o local onde seu filho passará boa parte do dia, a instituição de ensino é parte vital na formação dele para a vida.  Esteja presente, acompanhe atividades, tarefas, estudo. Mesmo com todos os benefícios e facilidade do mundo virtual, este não pode substituir as relações pessoais, cujas vantagens para o relacionamento são muito significativas. O contato olho no olho entre pais e educadores não pode nem deve ser perdido.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Aula complementar 2/2013: Rubem Braga - Cronista Centenário


"Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na
porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem
para não me deixar entrar, ele ficará indeciso
quando eu lhe disser em voz baixa:
"Eu sou lá de Cachoeiro..."

             Rubem Braga, considerado por muitos o maior cronista brasileiro desde Machado de Assis, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, a 12 de janeiro de 1913. Iniciou seus estudos naquela cidade, porém, quando fazia o ginásio, revoltou-se com um professor de matemática que o chamou de burro e pediu ao pai para sair da escola. Sua família o enviou para Niterói, onde moravam alguns parentes, para estudar no Colégio Salesiano. Iniciou a faculdade de Direito no Rio de Janeiro, mas se formou em Belo Horizonte, MG, em 1932.
            Seu primeiro livro, "O Conde e o Passarinho", foi publicado em 1936, quando o autor tinha 22 anos, pela Editora José Olympio. Na crônica-título, escreveu: "A minha vida sempre foi orientada pelo fato de eu não pretender ser conde." De fato, quase tanto como pelos seus livros, o cronista ficou famoso pelo seu temperamento introspectivo e por gostar da solidão. Como escritor, Rubem Braga teve a característica singular de ser o único autor nacional de primeira linha a se tornar célebre exclusivamente através da crônica, um gênero que não é recomendável a quem almeja a posteridade. Certa vez, solicitado pelo amigo Fernando Sabino a fazer uma descrição de si mesmo, declarou: "Sempre escrevi para ser publicado no dia seguinte. Como o marido que tem que dormir com a esposa: pode estar achando gostoso, mas é uma obrigação. Sou uma máquina de escrever com algum uso, mas em bom estado de funcionamento." 
             Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registrada dos textos de Rubem Braga é a "crônica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo, provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens, pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza."
            A chave para entendermos a popularidade de sua obra, toda ela composta de volumes de crônicas sucessivamente esgotados, foi dada pelo próprio escritor: ele gostava de declarar que um dos versos mais bonitos de Camões ("A grande dor das coisas que passaram") fora escrito apenas com palavras corriqueiras do idioma. Da mesma forma, suas crônicas eram marcadas pela linguagem coloquial e pelas temáticas simples.
           Como jornalista, Braga exerceu as funções de repórter, redator, editorialista e cronista em jornais e revistas do Rio, de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife. Foi correspondente de "O Globo" em Paris, em 1947, e do "Correio da Manhã" em 1950. Amigo de Café Filho (vice-presidente e depois presidente do Brasil) foi nomeado Chefe do Escritório Comercial do Brasil em Santiago, no Chile, em 1953. Em 1961, com os amigos Jânio Quadros na Presidência e Affonso Arinos no Itamaraty, tornou-se Embaixador do Brasil no Marrocos. Mas Braga nunca se afastou do jornalismo. Fez reportagens sobre assuntos culturais, econômicos e políticos na Argentina, nos Estados Unidos, em Cuba, e em outros países. Quando faleceu, era funcionário da TV Globo. Seu amigo Edvaldo Pacote, que o levou para lá, disse: "O Rubem era um turrão, com uma veia extraordinária de humor. Uma pessoa fechada, ao mesmo tempo poeta e poético. Era preciso ser muito seu amigo para que ele entreabrisse uma porta de sua alma. Ele só era menos contido com as mulheres. Quando não estava apaixonado por uma em particular, estava apaixonado por todas. Eu o levei para a Globo... Ele escrevia todos os textos que exigiam mais sensibilidade e qualidade, e fazia isto mantendo um grande apelo popular."
             Em um de seus mais conhecidos livros,  "As Coisas Boas da Vida", de  1988, Rubem Braga enumera, no texto que dá título ao livro "as dez coisas que fazem a vida valer a pena". A última delas: "Pensar que, por pior que estejam as coisas, há sempre uma solução, a morte — o assim chamado descanso eterno".



                                                                                                                            Fonte: www.releituras.com

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Entenda como será no futuro


- Pizzaria Google, boa noite!
- De onde falam?
- Pizzaria Google, senhor. Qual é o seu pedido?
- Mas este telefone não era da Pizzaria do...
- Sim, senhor, mas a Google comprou a Pizzaria e agora sua pizza é mais completa.
- OK. Você pode anotar o meu pedido, por favor?
- Pois não. O senhor vai querer a de sempre?
- A de sempre? Você me conhece?
- Temos um identificador de chamadas em nosso banco de dados, senhor. Pelo  que temos registrado aqui, nas últimas 53 vezes que ligou, o senhor pediu meia quatro queijos e meia calabresa.
- Puxa, eu nem tinha notado! Vou querer esta mesmo...
- Senhor, posso dar uma sugestão?
- Claro que sim. Tem alguma pizza nova no cardápio?
- Não, senhor. Nosso cardápio é bem completo, mas eu gostaria de sugerir-lhe meia ricota, meia rúcula.
- Ricota ??? Rúcula ??? Você ficou louco? Eu odeio estas coisas.
- Mas, senhor, faz bem para a sua saúde. Além disso, seu colesterol não anda bom...
- Como você sabe?
- Nossa Pizzaria tem o banco de dados mais completo do planeta. Nós temos o banco de dados do laboratório em que o senhor faz exames também. Cruzamos seu número de telefone com seu nome e temos o resultado dos seus exames de colesterol. Achamos que uma pizza de rúcula e ricota seria melhor para sua saúde.
- Eu não quero pizza de queijo sem gosto, nem pizza de salada. Por isso tomo meu remédio para colesterol e como o que eu quiser...
- Senhor, me desculpe, mas acho que o senhor não tem tomado seu remédio ultimamente.
- Como sabe? Vocês estão me vigiando o tempo todo?
- Temos o banco de dados das farmácias da cidade. A última vez que o senhor comprou seu remédio para Colesterol faz  três meses. A caixa tem 30 comprimidos.
- P... É verdade. Como vocês sabem disto?
- Pelo seu cartão de crédito...
- Como?!?!?
- O senhor tem o hábito de comprar remédios em uma farmácia que lhe dá  desconto se pagar com cartão de crédito da loja. E ainda parcela em três vezes sem acréscimo... Nós temos o banco de dados de gastos com cartão na farmácia. Há dois meses o senhor não compra nada lá, mas continua usando seu cartão de    crédito em outras lojas,  o que significa que não o perdeu, apenas deixou de comprar remédios.
- E eu não posso ter pago em dinheiro? Agora te peguei...
- O senhor não deve ter pago em dinheiro, pois faz saques semanais de R$  250,00 para sua empregada doméstica.  Não sobra dinheiro para comprar remédios. O restante o senhor paga com cartão de débito.
- Como você sabe que eu tenho empregada e quanto ela ganha?
- O senhor paga o INSS dela mensalmente com um DARF. Pelo valor do  recolhimento, dá para concluir que ela ganha R$ 1.000,00 por mês. Nós temos o banco de dados dos bancos também. E pelo seu CPF...
- ORA, VÁ SE DANAR !
- Sim, senhor, me desculpe, mas está tudo em minha tela. Tenho o dever de ajudá-lo. Acho, inclusive, que o senhor deveria remarcar a consulta a que faltou com seu médico, levar os exames que fez no mês passado e pedir uma nova receita do remédio.
- Por que você não vai à m....???
- Desculpe-me novamente, senhor.
- ESTOU FARTO DESTAS DESCULPAS. ESTOU FARTO DA INTERNET, DE COMPUTADORES, DO SÉCULO XXI, DA FALTA DE PRIVACIDADE, DOS BANCOS DE DADOS E DESTE PAÍS...
- Mas, senhor...
- CALE-SE! VOU ME MUDAR DESTE PAÍS PARA BEM LONGE. VOU PARA AS ILHAS FIJI OU ALGUM LUGAR QUE NÃO TENHA INTERNET, TELEFONE, COMPUTADORES E GENTE ME VIGIANDO O TEMPO TODO...
- Sim, senhor... entendo perfeitamente.
- É ISTO MESMO! VOU ARRUMAR MINHAS MALAS AGORA E AMANHÃ MESMO VOU SUMIR  DESTA CIDADE.
- Entendo...
- VOU USAR MEU CARTÃO DE CRÉDITO PELA ÚLTIMA VEZ E COMPRAR UMA PASSAGEM SÓ DE IDA PARA ALGUM LUGAR BEM LONGE DE VOCÊ !!!
- Perfeitamente...
- E QUERO QUE VOCÊ ME ESQUEÇA!
- Farei isto senhor... ... (silêncio de 1 minuto)
- O senhor está aí ainda?
- SIM, POR QUÊ? ESTOU PLANEJANDO MINHA VIAGEM... E PODE CANCELAR MINHA PIZZA.
- Perfeitamente. Está cancelada... (mais um minuto de silêncio) Só mais uma coisa, senhor...
- O QUE É AGORA?
- Devo lhe informar uma coisa importante...
- FALA...
- O seu passaporte está vencido.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Aula complementar 1/2013 = Provérbios: pérolas da sabedoria popular



            Embora não se recomende o uso de provérbios ou ditos populares em uma dissertação, pois eles fazem parecer que seu autor não tem criatividade, ao utilizar-se de formas já desgastadas pelo uso frequente, é importante que o aluno-leitor  compreenda  a ideia que emerge destes fragmentos da “sabedoria popular”.  Trata-se de um conhecimento acumulado e transmitido durante gerações, daí a necessidade de estar antenado a esta visão de mundo, a qual abrange diferentes conteúdos ideológicos.
            Muitos dos provérbios foram criados, anonimamente, na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. São eles a “cristalização do saber das gentes”. Nasceram de forma oral da necessidade de os antigos passarem às novas gerações seus pensamentos, conselhos, ensinamentos, normas de conduta. Quem nunca ouviu: “A voz do povo é a voz de Deus”? “Deus escreve certo por linhas tortas”? “Quem não chora não mama”? “Quem desdenha quer comprar”? Por seu formato simples, curto, direto, fácil de memorizar e de sua aplicação imediata, é muito comum ouvirmos tais máximas em diversas situações do cotidiano.
            Há provérbios sobre a vida humana, sobre a moral, a religião e a vida social, sobre a flora e a fauna, sobre a agricultura, medicina, cuidados com a saúde; enfim, abrangem todos os elementos da existência, atuando na formação e conservação dos modos de pensar e agir. Daí a sua grande importância.  

Lista de alguns provérbios populares:

· A corda arrebenta sempre do lado mais fraco.
· Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
· Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
· A pressa é inimiga da perfeição.
· A ocasião faz o ladrão.
· Quando um não quer, dois não brigam.
· Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
· Cada cabeça, cada sentença.
· Caiu na rede é peixe.
· Casa de ferreiro, espeto de pau.
· Cada macaco no seu galho.
· Quem tudo quer nada tem.
· Dai a César o que de César e a Deus o que de Deus.
Devagar se vai ao longe.
· Deus ajuda a quem cedo madruga.
De grão em grão a galinha enche o papo.
· Errar é humano.
· Falar é fácil, fazer é que é difícil.
· Filho de peixe, peixinho é.
· Nada como um dia depois do outro.
· Não há rosas sem espinhos.
· Nunca digas que desta água não bebereis.
· Em terra de cego, quem tem um olho é rei. 
O barato sai caro.
· Onde há fumaça, há fogo.
· Quem ama o feio, bonito lhe parece.
· Quem espera sempre alcança.
A justiça tarda, mas não falta.
A mentira tem pernas curtas.
Após a tempestade vem a bonança.
Aqui se faz, aqui se paga.
Quem espera sempre alcança.
A união faz a força.
Cada um por si, Deus por todos. 
Cada macaco no seu galho.
Cada cabeça, cada sentença.
A cavalo dado não se olham os dentes.
À noite todos os gatos são pardos. 


            Na Bíblia, há um livro intitulado “Provérbios”, com sábios e precisos conselhos, frutos da experiência de várias gerações, transmitidas por elas sucessivamente. Têm a função de instruir e de fazer pensar e, quando ponderados, ajudam na construção do caráter, além de propiciarem disciplina, prudência e integridade. A maioria dos versículos é de autoria do rei Salomão, o filho de Davi,  que pediu a Deus o dom da sabedoria, que compartilha com seus súditos e com todos os leitores da Bíblia da posteridade.

Exemplos de provérbios bíblicos:

* O salário do justo leva para a vida, mas o ganho do injusto leva para o pecado.
* Quem aceita a disciplina caminha para a vida, quem despreza a correção se extravia.
* O homem bondoso faz bem a si mesmo; o homem cruel destrói a si próprio.
* Não adianta agir sem refletir, pois quem apressa o passo acaba tropeçando.
* Eduque o jovem no caminho a seguir, e ate a velhice ele não se desviará.
* Quem semeia a injustiça colhe desgraça.

            Geralmente usados dentro de um discurso educativo, conselheiro, de sabedoria popular, há muito que se estudar na estrutura dessas expressões. Uma delas é que, quando o provérbio é anunciado dentro de uma fala, ele promove uma ruptura no discurso do falante, admitindo que existe uma voz anônima da sabedoria popular que concorda com o que está sendo dito. Sempre que o provérbio é anunciado, geralmente vem precedido de uma fala do tipo “Como já dizia o provérbio...” ou “Já diziam os antigos...” Ainda que não se faça uma marcação entre aspas, comentários metalinguísticos ou uma entonação especial, o fato de o provérbio ser de conhecimento comum é suficiente para que ele seja reconhecido como um signo diferenciado.
            Uma curiosidade é que, atualmente, é muito comum parodiar provérbios com a  finalidade de divertir, fazer rir. Mas, mais do que ridicularizar um pensamento, demonstra a forte presença desses ditados na ideia coletiva, além de um despertar da criatividade.   É o que fizeram os integrantes do Casseta e Planeta em “O grande livro dos pensamentos de CASSETA e PLANETA.” Divirta-se com alguns exemplos:

* Se Maomé não vai à montanha, a montanha vaia Maomé.
* Como diria o Edir Macedo: "Templo é dinheiro!"
* Arroz, unido, jamais será comido!
* Nos restaurantes baianos, a pressa é inimiga da refeição.
* Em rio que tem piranha, jacaré usa camisinha.
* Travesti de amigo meu pra mim é homem.

            Agora veja como alguns vestibulares exploram este assunto em suas questões de interpretação:


1) Considerando a relação lógica existente entre os dois segmentos dos provérbios adiante citados, o espaço pontilhado NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas, apenas em:                                                                                                                                            a) Por fora bela viola, (...) por dentro pão bolorento                                                               b)Reino com novo rei, (...) povo com nova lei                                                                                   c)A palavra é de prata, (...) o silêncio é de ouro                                                                              d)Amigos, amigos! (...) negócios à parte                                                                                          e) Morre o homem, (...) fica a fama

2) De acordo com o ditado popular "invejoso nunca medrou, nem quem perto dele morou".
a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus vizinhos                                                        b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos empobrecem;                                                       c) o invejoso não cresce e não permite o crescimento dos vizinhos;                                             d) o temor atinge o invejoso e também seus vizinhos;                                                                     e) o invejoso não provoca medo em seus vizinhos.

3) Assinale a alternativa em que os dois provérbios apresentam ensinamentos semelhantes.
a) "Em boca fechada não entra mosca" e "Cão que ladra não morde".
b) "Quem ri por último ri melhor" e "O que os olhos não veem o coração não sente".
c) "Quem tem pressa come cru" e "Desgraça pouca é bobagem".
d) "Depois da tormenta, vem a bonança" e "Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas".
e) "Não adianta chorar sobre o leite derramado" e "Agora, Inês é morta".

4) Os provérbios constituem um produto de sabedoria popular e, em geral, pretendem transmitir um ensinamento. A alternativa em que os dois provérbios remetem a ensinamentos semelhantes é:                                                                                                                                              a) "Quem diz o que quer ouve o que não quer" e "Quem ama o feio, bonito lhe parece.
b) "Devagar se vai longe" e "De grão em grão , a galinha enche o papo."                          c)"Mais vale um pássaro na mão do que dois voando" e "Não se deve atirar pérolas aos porcos." 
d) "Quem casa quer casa" e "Santo de casa não faz milagre."
e) "Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido" e "Casa de ferreiro, espeto de pau."

Gabarito:
1) b
2) c
3) e
4) b

(Fontes de pesquisa: portaldoprofessor.mec.gov.br /  editorapositivo.com.br / fraseseproverbios.com /clickideia.com)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Comentários ao Evangelho do 1º Domingo da Quaresma 2013 - Tentações de Jesus


* O 1º domingo da quaresma, nos remete ao número 40, que, na Bíblia,  indica tempo de preparação para o que vai chegar.
* Foi assim, com o dilúvio, que durou 40 dias e 40 noites, com a fuga do Egito por 40 anos, com Moisés, passando 40 dias no  Monte Sinai até receber as Tábuas da Lei e agora com Jesus, que fica 40 dias no deserto para se preparar para a vida com Deus.
* No deserto, Jesus era ajudado pelos  anjos (como o anjo da guarda que todo mundo tem, enviado por Deus para nos proteger), mas toda hora o diabo vinha tentá-lo a fazer coisas erradas,  pecar, afastar-se de Deus.
*Como Jesus não comeu nada nestes dias, sentiu fome, então o diabo lhe disse: Se você é mesmo filho de Deus, transforme estas pedras em pão. Jesus disse: Nem só de pão vive o homem. A palavra de Deus é muito mais importante que o alimento.
* Depois o diabo levou Jesus ao alto de uma montanha, de onde podia olhar o mundo inteiro e lhe disse: Eu lhe dou tudo isso, como se o mundo fosse dele,  se você se ajoelhar e me adorar. Mas Jesus lhe disse: Eu adoro só a Deus e só a Ele eu sirvo.
*Pela terceira vez, o diabo provocou Jesus. Levou-o ao topo do templo de Jerusalém e falou para ele: Já que você diz que é filho de Deus, pule daqui do alto, pois está escrito que Deus mandará seus anjos para segurá-lo. Então Jesus disse: Também está escrito que “Não tentarás o Senhor teu Deus.” E terminou dizendo: “Vá embora daqui, Satanás”
* Enquanto o diabo desaparecia, os anjos chegavam para confortar Jesus, que passou por dificuldades, mas saiu vitorioso porque resistiu ao que é errado, contando com a ajuda de Deus.
*A exemplo de Jesus, devemos rezar, ser fortes e obedientes, assim a tentação de fazermos aquilo que não é certo irá embora. Jesus passou por tentações no deserto, hoje nós passamos por tentações em casa, na escola, na rua. Exemplos: brigas com os irmãos e os pais, desrespeito às pessoas, mentira, não ajudar quem precisa, pegar o que é do outro.
*Quando rezamos o Pai Nosso, fazemos 7 pedidos a Deus. Os últimos são exatamente "e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal."
*Principalmente os jovens vivem muitos momentos de tentações como os vícios, a irresponsabilidade, seguir o caminho que parece mais fácil. Por isso a igreja católica do Brasil promove a Campanha da Fraternidade deste ano sobre a juventude.
*Você tem um jovem na sua família? Então, nesta semana, você tem o compromisso de entregar-lhe esta mensagem:  Quem põe Deus em primeiro lugar em sua vida vence as tentações do mundo, é mais feliz e faz as pessoas com quem convive felizes também.
*Para terminar, façamos juntos uma oração:  “Querido Deus, ajude-me, assim como a Jesus, resistir a tudo o que não é de Deus. Amém”

domingo, 17 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O extraordinário virou banal (Luli Radfahrer)


As redes sociais de hoje lembram o 'mundo perfeito' ironizado por Fernando Pessoa há um século
    "Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo", ironizava Fernando Pessoa há um século, criticando o mundo de aparências dos ambientes sociais em que todos têm de ser belos, inteligentes e saudáveis o tempo todo.
    O personagem de seu poema é tristemente familiar. Seja porque se sente porco, vil, parasita e sujo por não ter tido paciência para se arrumar. Seja porque se considera ridículo, absurdo, grotesco, mesquinho, submisso e arrogante por não saber se comportar de acordo com as novas etiquetas. Seja porque, covarde, ele se cala quando ofendido, para não ser ridicularizado ao reagir. Seja porque, endividado e motivo de piadas entre os que cruzam seu caminho, ele se angustia por não encontrar com quem se identifique.
    Analisando suas redes sociais, ele reclama estar cercado de semideuses. Ninguém confessa infâmias, covardias ou fraquezas, nada que esteja abaixo do ideal. Só lhe resta desabafar que todo mundo com quem convive "nunca foi senão príncipe -todos eles príncipes- na vida..."
      Naquela época os locais públicos eram determinados e tinham horário de funcionamento definido. Identificar a farsa de uma vida excepcional não era difícil. Ninguém imaginaria passar o dia todo exposto na vitrine das redes sociais, arrumado feito criança em casamento, se contorcendo em roupas que não cabem direito, torcendo para que a frase tenha sido bem decorada e que a foto seja tirada antes de o suor brotar.
    O mundo das redes sociais, ao mostrar os melhores momentos de cada um de seus bilhões de integrantes, bombardeia-os com um ambiente superlativo, em que a cada instante surgem vídeos em que pessoas e bichos aparentemente comuns realizam feitos inacreditáveis. O extraordinário se banalizou.
       Quando se vive cercado por extremos, é cada vez mais difícil determinar os limites do que é possível, desejável ou conveniente. O cotidiano, banalizado pela onipresença do extraordinário, fica ainda mais monótono.
    Quem cresce rodeado pelo que há de melhor perde a paciência para se surpreender e pode ficar mimado, impotente ou deprimido. Na tentativa de gerar estímulos, vários multiplicam suas atividades e pulverizam sua atenção, sem levar em conta que a hiperatividade é inimiga da concentração. Nesse processo, gasta-se muita energia e realiza-se pouco, em um círculo vicioso que só aumenta a frustração.
     Mais do que nunca, é preciso tomar consciência dos limites do que é "normal". A exposição cotidiana dos feitos extraordinários é apenas um subproduto de uma tecnologia de expressão, democratização e inclusão, que só tende a crescer nos próximos anos. Como todas as outras mudanças propiciadas pela internet, ela demanda uma nova forma de socialização que não se baseia no que cada um tem a mostrar, mas no que deve ouvir e até que ponto considerar.
     Afinal, não há nada de errado em mostrar grandes feitos. Se bem apresentados, esses vídeos podem ser inspiradores, desafiando gente comum a se preparar para o incomum e mostrando o potencial que existe em qualquer um que, insatisfeito com o estado das coisas, resolva combater a mesmice e realizar feitos verdadeiramente sobre-humanos.

(Fonte: (Luli Radfahrer - Folha de S, Paulo - 14/1/13)

sábado, 9 de fevereiro de 2013